O Serviço de Medicina Intensiva (SMI) celebra esta semana 25 anos de existência no Hospital José Joaquim Fernandes (HJJF) da Unidade de Saúde Local do Baixo Alentejo (ULSBA).
Nesta efeméride simbólica destaca-se a dedicação e empenho de todos os profissionais que passaram por este serviço ao longo do último quarto de século, trazendo assim inovação, pioneirismo e excelência aos serviços prestados no Hospital José Joaquim Fernandes.
O Serviço de Medicina Intensiva (SMI) tem como missão prestar cuidados altamente diferenciados, dando resposta às necessidades dos doentes que apresentem falência de um ou mais órgãos ou sistemas e que necessitam de apoio tecnológico e de cuidados permanentes quer médicos, quer de enfermagem não possíveis de serem prestados noutros serviços do Hospital, faz a gestão do doente crítico à escala hospitalar, dentro da unidade de cuidados intensivos e, fora desta, nomeadamente na sala de emergência do Serviço de Urgência, assim como, nos serviços do Hospital José Joaquim Fernandes através da Equipa de Emergência Médica Intra-hospitalar (EEMI).
Em 1998 o HJJF possuía na Ala Nascente no Piso 1, adstrita ao serviço de Cirurgia A, uma Unidade de Cuidados Cirúrgicos, onde eram efetuados os pós-operatórios mais complicados. Esta unidade iniciou a prestação de cuidados mais diferenciados a doentes críticos progressivamente a evoluir para cuidados intensivos. Um dos grandes impulsionadores desta unidade foi o Sr. Enfermeiro António Cavaco que, através do seu know-how e expertise, adquiridas em unidades de cuidados intensivos de ponta, permitiu essa evolução no então designado Hospital José Joaquim Fernandes. O Sr. Enfermeiro Cavaco acompanhou toda a evolução da unidade de cuidados pós-operatórios para SMI tendo sido ao longo de todo esse tempo enfermeiro em funções de chefia, responsável direto pelo incremento da qualidade e efetividade dos cuidados prestado nessa unidade.
Em janeiro de 1998, o serviço de Medicina I disponibilizou um dos seus Assistentes Hospitalares para realizar na Unidade de Urgência Medica de S. José (UUM) o Ciclo de Estudos Especiais de Cuidados Intensivos, que o habilitaria a adquirir o título de Intensivista, e no futuro participar no arranque da Unidade de Cuidados Intensivos do HJJF. A Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), teve a sua origem na antiga Unidade de Cuidados Cirúrgicos (UCC) do Serviço de Cirurgia e surgiu na sequência da necessidade de tratar no Hospital, doentes críticos a precisar de suporte artificial de funções vitais.
As anteriores instalações abriram as portas a 3 de março de 2000 com uma lotação inicial de 2 camas que passaram a 4 camas em outubro desse mesmo ano. A cobertura médica em exclusivo para a UCI começou por ser das 8h ás 16h de segunda a sexta-feira, passando em junho a ser das 8h ás 24h e a partir de janeiro de 2001, 24/24H. Começou por ser uma Unidade essencialmente de doentes em pós-operatório de Cirurgia, sendo a minoria os doentes do foro médico.
Recebeu pela primeira vez um doente do exterior em março de 2002, data com significado porque implicou o reconhecimento externo da UCI do Hospital.
Em 1 abril de 2012, a UCI expandiu-se ao piso 3 (4 camas da antiga UC intermédios), passando a dispor de 8 camas geridas por Intensivistas e a denominar-se UCIP.
Em 2015 após visita do Colégio da Subespecialidade de Medicina Intensiva adquiriu idoneidade formativa para estágios de Cuidados Intensivos, para Internos de Formação Especifica de outras especialidades.
Em 2017, foi-lhe atribuída Idoneidade Parcial para formação de Internos da Formação Especializada (IFE) da recentemente criada Especialidade de Medicina Intensiva.
Recebemos o primeiro interno em janeiro de 2019, neste momento já especialista em Medicina Intensiva.
Em setembro de 2019, o Conselho de Administração, por proposta do Diretor da UCIP, deu o parecer favorável (Despacho em Ata nº 12 de 11/09/2019, ponto 5.1 à criação do Serviço de Medicina Intensiva (SMI) que substituiu a UCIP.
Em 2021, integrado na resposta à Pandemia de Covid 19, o HJJF – ULSBA foi financiado para obras de ampliação e melhoramento do SMI. O “novo” SMI abriu portas em 20 dezembro de 2022, com capacidade para 8 camas em sala aberta, mais 2 camas em quartos individuais com pressão variável, e localiza-se na Ala Nascente do Piso 1.
Esta requalificação melhorou significativamente as condições de trabalho do staff e as condições de “hotelaria” oferecidas aos doentes.
Serve toda a população adulta em estado critico (>= a 18 anos) da área de influência da ULSBA e trata em média 220 a 250 doentes por ano dos quais cerca de 10% de fora da área de influência da ULSBA, desde que, não necessitem de apoio de especialidades não existentes no nosso hospital.
Tem Idoneidade Formativa Parcial para IFE de Medicina Intensiva e para Internos de Medicina Intensiva pela Via Clássica. O staff é constituído pela equipa médica, composta por 5 Intensivistas Sénior, 3 Internos da Formação Especializada em Medicina Intensiva e 2 Internos pela Via Clássica, pela equipa de enfermagem, constituída por 28 enfermeiros dos quais 9 enfermeiros especialistas (reabilitação, médico-cirúrgica e comunitária), por 11 Técnicos Auxiliares de Saúde e 1 Assistente Técnico.
Dispõe de Enfermeiro de Reabilitação um turno por dia, incluindo sábado e domingo, além do apoio do Serviço de Fisiatria.
Tem atividade científica regular, participando em estudos científicos nacionais e internacionais, assim como, artigos científicos publicados em várias revistas, apresentações/casos clínicos em congressos e Jornal Club.
É responsável pela EEMI e dá apoio à sala de Emergência e aos diversos Serviços do Hospital sempre que solicitado para observar/tratar doentes, executar procedimentos invasivos e não invasivos. Tem uma consulta de acompanhamento pós internamento no SMI, com periodicidade quinzenal.