
Consulta Pública do Plano Local de Saúde do Baixo Alentejo 2030
A ULSBA procede à publicação do Plano Local de Saúde do Baixo Alentejo 2030, para efeitos de consulta pública até ao dia 9 de novembro de 2025.
Os contributos e comentários sobre o conteúdo do documento devem ser enviados para o e-mail: planolocalsaude@ulsba.min-saude.pt
O Plano Local de Saúde (PLS) é simultaneamente um documento estratégico de base populacional e um instrumento de gestão, de mudança e de comunicação interna e externa. Sendo uma ferramenta integradora e facilitadora de coordenação e de colaboração entre as múltiplas entidades locais de saúde e de outros setores da comunidade, torna-se um verdadeiro compromisso social entre todos os agentes coprodutores de saúde.
Objetivo
O objetivo final do PLS do Baixo Alentejo (PLSBA) 2030 é melhorar a saúde da população do Baixo Alentejo e reduzir as iniquidades.
Princípios
Os princípios para a elaboração do PLSBA 2030 são a colaboração, a parceria e a intersectorialidade, tendo como elementos-chave a participação e o compromisso das pessoas (individuais e coletivas).
Será realizada a auscultação de parceiros, o que permitirá a integração de diferentes visões, contextos, necessidades, expectativas e necessidades através do compromisso. O modelo a adotar será o democrático com participação alargada.
Questionário
A partir desta semana e até ao fim de janeiro está disponível um questionário online, disponível AQUI e em formato papel para auscultação da população, o pretendido é saber quais os fatores/determinantes/problemas de saúde que a população prioriza para que possam ser planeadas as intervenções de acordo com as necessidades identificadas.
Simultaneamente irão decorrer entrevistas a parceiros dos diversos setores da comunidade com impacto na saúde.

Os 5 pilares da sustentabilidade: o Planeta, a Prosperidade, as Pessoas, a Paz e as Parcerias.
A abordagem multidimensional será adotada para abordar os problemas complexos que serão identificados, tendo por base e como linha orientadora os 5 pilares da sustentabilidade, sendo estes os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS): o Planeta, a Prosperidade, as Pessoas, a Paz e as Parcerias.
Deste modo, a elaboração do PLSBA 2030 adota um modelo de planeamento em saúde sustentável inserido no contexto da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e respetivos ODS, valorizando a participação das pessoas e das organizações da sociedade civil, com o envolvimento de todos os parceiros.
Para além da escassez de recursos na área da saúde, a elaboração deste Plano surge num contexto de acelerada mudança e grande incerteza, onde o planeamento constitui, por si só, um desafio para os organismos governamentais e para a sociedade em geral.

Ciclo de Planeamento Estratégico em Saúde de base populacional
O PLSBA 2024-2030 resulta da aplicação do modelo lógico do planeamento estratégico em saúde de base populacional (Figura 2), de natureza trans e multissectorial, e multinível, tendo como principais componentes: o diagnóstico de situação de saúde, os objetivos de saúde, as estratégias de intervenção, as recomendações para a implementação, um plano de monitorização e avaliação e um plano de comunicação.
Este modelo tem como elemento-chave as pessoas (individuais ou coletivas), que são integradas no processo de planeamento através da participação e do compromisso (Figura 1). As necessidades de saúde, entendidas como a diferença entre o estado de saúde num dado momento e o estado de saúde considerado desejável e exequível, constituem a base da seleção das estratégias de intervenção de maior efetividade.
As estratégias e as recomendações para a implementação do PLS fazem a ligação entre o planeamento estratégico e o planeamento tático e operacional, da responsabilidade das instituições e entidades interessadas. Este é um modelo lógico que parte de uma base epidemiológica, permitindo em todas as suas etapas e através de métodos e técnicas adequadas, integrar a visão, os contextos, as necessidades, as expectativas e as experiências de saúde dos diferentes parceiros.

Sem prejuízo da necessária coordenação técnica, o PLS é um modelo democrático, pois privilegia, em todas as suas etapas, desde o diagnóstico à seleção das estratégias de intervenção e às recomendações, a partilha de informação e a valorização da participação de todos os parceiros, transformando o processo com o potencial de intersetar os três pilares do desenvolvimento sustentável, social, económico e ambiental.
Contacto da equipa: planolocalsaude@ulsba.min-saude.pt
Consulte aqui o Perfil de Saúde do Baixo Alentejo 2022